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By Ferramentas Blog

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Vocação, a Razão de Existir em Nossas Mãos


Falar de vocação nos remete ao questionamento de nossa própria existência: “de onde viemos?”, “para aonde iremos?”, “por que existimos?”. Afinal, qual é o sentido da vida?
A resposta para tantas perguntas que nos inquietam pode ser encontrada na compreensão de quem nós somos e qual é a nossa “missão” neste mundo: tudo que existe tem uma razão de ser, nenhum ser existe simplesmente por existir e nem surgiu por mero acaso ou está “destinado” a isso.
Para nós, cristãos, a razão de nosso existir ou o sentido da vida está na descoberta da vocação, que é o chamado de Deus Criador e a resposta pessoal do ser humano, que se dá pelo toque sedutor do Transcendente no íntimo do coração de cada pessoa, realizado na experiência ou encontro pessoal com Cristo, Filho do Deus Vivo, sob a ação do Espírito Santo.Vocação, a Razão de Existir em Nossas Mãos
Assim, quem está em comunhão com Deus – o Ser que existe por Si próprio – “encontra” a raiz de si mesmo e de sua vida. Porque nós não existimos, isto é, nós subsistimos Naquele que existe. Conforme nos diz Santo Agostinho: “É na procura inquieta da raiz de si mesmo que o Homem encontra a Deus”. Quem encontra Deus vai ao encontro de si mesmo e, ir ao encontro de si mesmo é ir ao encontro de Deus, que habita em nós.
Deus não só dá a Vida ao ser humano como o chama a descobrir o valor e o sentido dela, por meio das opções vocacionais, conforme o carisma de cada pessoa. Portanto, a primeira vocação é o chamado à Vida e vivê-la segundo a dignidade de filhos e filhas de Deus, criados à Sua Imagem e Semelhança. Pois tudo que Deus criou foi “pensando” em você.
O Papa João Paulo II nos confirma o valor da vocação: “a Vocação qualifica a relação de Deus com cada ser humano, na liberdade do amor, porque ‘toda vida é vocação’ ”.
Em suma, se você ainda não sabe qual é a sua vocação, faz uma boa reflexão do projeto de Deus em sua vida, procurando conciliar o seu projeto com o dEle. Para isso, a voz do Senhor, Mestre da Vida, precisa ser reconhecida através dos sinais (acontecimentos) de todos os dias, seguindo o exemplo da Virgem Maria, Aquela que soube ouvir e acolher o chamado de Deus em sua vida.
Lembre-se, que a carruagem do tempo está passando: “quem sabe faz a hora, não espera acontecer”. Aproveite o “agora” para parar, pensar e decidir por aquilo que depende exclusivamente de vocês, sua vocação. Neste sentido, a vocação é como a semente da vida que está em nossas mãos. Seu cultivo depende de nossas escolhas e decisões para que dê frutos e sentido à nossa vida de cada dia. Quem descobre a razão do seu existir, descobre sua vocação, que é o encontro consigo mesmo. É se encontrar e encontrar a resposta do por que de seu viver…
Pe JoaquimPe. Joaquim de Souza Filho

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Exaltação da Santa Cruz


Leitura Orante
Jo 3,13-17
Ninguém subiu ao céu, a não ser o Filho do Homem, que desceu do céu.
Assim como Moisés, no deserto, levantou a cobra de bronze numa estaca, assim também o Filho do Homem tem de ser levantado, para que todos os que crerem nele tenham a vida eterna. Porque Deus amou o mundo tanto, que deu o seu único Filho, para que todo aquele que nele crer não morra, mas tenha a vida eterna. Pois Deus mandou o seu Filho para salvar o mundo e não para julgá-lo.
Leitura Orante
Exaltamos a Santa cruz, traçando sobre nós o sinal da cruz e rezando:
Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Amém.
A todos nós, a paz de Deus, nosso Pai,
a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo,
no amor e na comunhão do Espírito Santo.
Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!
Preparamo-nos para a Leitura, rezando, com todos os internautas:
Jesus Mestre, que dissestes:
"Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome,
eu aí estarei no meio deles",
ficai conosco, aqui reunidos (pela grande rede da internet),
para melhor meditar e comungar com a vossa Palavra.
Sois o Mestre e a Verdade:
iluminai-nos, para que melhor compreendamos
as Sagradas Escrituras.
Sois o Guia e o Caminho:
fazei-nos dóceis ao vosso seguimento.
Sois a Vida:
transformai nosso coração em terra boa,
onde a Palavra de Deus produza frutos
abundantes de santidade e missão.
(Bv. Alberione)
1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Biblia, o texto: Jo 3,13-17,e observo Nicodemos e Jesus que conversam, procuro compreender
Neste texto Jesus conversa com Nicodemos. Fala da cruz, diz que o Filho do Homem será levantado na cruz, como a cobra de bronze numa estaca. A diferença é que olhando para a serpente as pessoas se sentiam preservadas da morte repentina. Em Jesus crucificado todos têm a vida eterna.
2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
Qual o sentido da cruz para mim? Entro em diálogo com o texto. Reflito e atualizo. O que o texto me diz no momento? Quais são as cruzes do mundo de hoje? Em Aparecida, os bispos disseram: "Durante seu ministério, os discípulos não foram capazes de compreender que o sentido de sua vida selava o sentido de sua morte. Muito menos podiam compreender que, segundo o desígnio do Pai, a morte do Filho era fonte de vida fecunda para todos (cf. Jo 12,23-24). O mistério pascal de Jesus é o ato de obediência e amor ao Pai e de entrega por todos seus irmãos. Com esse ato, o Messias doa plenamente aquela vida que oferecia nos caminhos e aldeias da Palestina. Por seu sacrifício voluntário, o Cordeiro de Deus oferece sua vida nas mãos do Pai (cf. Lc 23,46), que o faz salvação "para nós" (1 Cor 1,30). Pelo mistério pascal, o Pai sela a nova aliança e gera um novo povo que tem por fundamento seu amor gratuito de Pai que salva." (DAp 143).
3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Dois riscos - Padre Zezinho, scj
Feita de dois riscos é a minha cruz
Sem esses dois riscos não se tem Jesus
Um é vertical, o outro horizontal
O vertical eleva, o horizontal abraça
Feita de dois riscos é a minha cruz
Sem esses dois riscos não se tem Jesus
Feita de dois riscos é a minha fé
Sem esses dois riscos religião não é
Um é vertical, o outro horizontal
Um vai buscar na fonte
O outro é o aqueduto
Feita de dois riscos é a minha fé
Sem esses dois riscos religião não é
Feita de dois riscos é o meu caminhar
Sem esses dois riscos posso não chegar
Um é vertical, o outro horizontal
O vertical medita, o horizontal agita
Feita de dois riscos é o meu caminhar
Sem esses dois riscos posso não chegar.
Do CD No peito eu levo uma cruz - Coletânea Jornada Mundial da Juventude - Brasil 2013 

http://www.paulinas.org.brlojaDetalheProduto.aspx?idProduto=9570
4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus.Vou eliminar do meu modo de pensar e agir aquilo que não vem de Deus. Como Jesus na cruz, terei sempre no coração o perdão.
Bênção
Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Ir. Patrícia Silva, fsp

domingo, 4 de setembro de 2011

DIÁLOGO VOCACIONAL:


Scraps
Recados animados



A INICIATIVA DE DEUS E A RESPOSTA DO HOMEM 

Continuando a nossa conversa com vocês, mediante este pequeno Curso Vocacional por correspondência, vamos refletir um pouco sobre dois aspectos fundamentais e importantes da vocação. Em toda e qualquer vocação Bíblica há sempre uma proposta de alguém (DEUS) e uma resposta do homem. Daí já se conclui que toda vocação exige um chamado e uma resposta. E é na concretização destes dois elementos (chamado e resposta) que a vocação se torna uma realidade pessoal em nossa vida. Explicitando mais: A realização pessoal de uma vocação se concretiza no CHAMADO e na RESPOSTA. Não adianta nada o chamado ser claro, bonito, motivante; se não houver a nossa resposta, nada feito. Como também não pode existir nenhuma resposta sem o chamado. Pois um elemento depende do outro para a realização vocacional. A história de cada Vocação Religiosa, Sacerdotal, bem como de qualquer outra Vocação Cristã é a história de um inefável Diálogo entre Deus e o Homem, entre o amor de Deus que chama e a Liberdade do Homem, que no amor responde a Deus. Por isso, na vocação cristã, religiosa e sacerdotal, o Chamado é, e sempre será, iniciativa de Deus. É Deus que chama por amor ao homem, ao seu seguimento. É Deus que por amor quis precisar do homem para a construção do seu reino. É Ele que nos chama sempre por amor. Foi esta, por exemplo, a experiência vivida pelo profeta Jeremias (Jr 1,4-5). É a mesma verdade apresentada pelo apóstolo Paulo que fundamenta toda a vocação na iniciativa amorosa de Deus (Ef 1,5). O absoluto primado da Graça (chamado e resposta) na vocação encontra-se na palavra de Jesus no Evangelho de São João (Jo 15,16). Por isso a vocação é um Dom da Graça Divina, e jamais um direito do homem; da mesma forma que não se pode considerar a vida sacerdotal como uma proposta meramente humana, nem a missão como um simples projeto pessoal. Fica assim excluída a vaidade ou a presunção dos chamados (Hebreus 5,4-5). Este Deus que por amor nos chama e nos interpela mantém sempre a sua fidelidade para conosco. Ele mantém firme a sua palavra e o seu compromisso. A parte de Deus sempre se realiza. Ele continua chamando homens e mulheres para segui-lo: como ontem, hoje e sempre, Deus vai precisar de nós, em nossa pobreza para continuar a sua obra salvadora no meio da humanidade. Mas, como já vimos antes, a vocação exige a sua concretização na nossa resposta.
É só conferir a Sagrada Escritura, que é Dicionário Vocacional, para percebermos claramente isso. Deus não quis e não quer salvar o mundo sozinho. Vamos conferir alguns textos: Ler o Êxodo 3,13-24; 4,1-18. Notamos aí o belíssimo diálogo de Deus (que chama Moisés para libertar o povo da escravidão do Egito, e Moisés, que depois de muito discernimento e relutância responde). O povo foi liberto. No Novo estamento: "Chamou aqueles que quis e estes foram ter com Ele" (Mt 3,1). Este ir que se identifica com o seguir Jesus exprime a resposta livre dos doze apóstolos ao chamado moroso do mestre. Foi assim o caso de Pedro e de André. "E disse-lhes: Segue-me e farei de vocês pescadores de homens". E eles, imediatamente, eixando as redes, seguiram-no (Mt 4,19-20). Idêntica foi a experiência de Tiago e João (Mt 4,21-22).
É sempre assim; na vocação resplandece o amor gratuito de Deus e a exaltação mais alta possível da liberdade do Homem. O chamado de Deus e a resposta livre do homem. É o Deus que nos chama porque ama, e respondemos porque amamos. Na realidade, Graça e Liberdade não se opõem entre si. Pelo contrário, a Graça anima a liberdade humana, livrando-a da cravidão do pecado (Jo 8,34-36), sanando e elevando-a em sua capacidade de abertura e de acolhimento do Dom de Deus. E se não se pode atentar contra a iniciativa gratuita de Deus que chama, também não se pode entar a extrema seriedade com que o homem é esafiado na sua liberdade.
Assim, ao vem e segue-me de Jesus, o jovem rico opõe uma recusa, sinal, mesmo que negativo, da sua liberdade. "Mas ele, entristecido por aquelas palavras, retirou-se abatido, porque possuía muitos bens" (Mc 10,22). A liberdade, portanto, é essencial à vocação, uma liberdade que, na resposta positiva, se qualifica como adesão pessoal profunda, como doação de amor, ou melhor, de reentrega ao doador que é Deus que chama como oblação.
Não pode haver vocações que não sejam livres. É a voz humilde e penetrante de Cristo que diz hoje como ontem e mais do que ontem: VEM. A liberdade é colocada na sua base suprema: exatamente a da oblação, da generosidade e do sacrifício.
O jovem rico do Evangelho que não segue o chamado de Jesus recorda-nos os obstáculos que podem bloquear ou apagar a resposta livre do homem; não apenas os bens materiais podem fechar o coração humano aos valores do espírito e radicais exigências do Reino de Deus, mas também algumas condições sociais e culturais do nosso tempo podem constituir não apenas ameaças e impor visões distorcidas e falsas acerca da verdadeira natureza da vocação, tornando difícil, senão mesmo impossível, o seu acolhimento e a sua própria compreensão.
Daqui a urgência de que a pastoral vocacional inserida na Igreja incida de modo decidido e prioritário na reconstrução da mentalidade cristã, tal como é gerada e sustentada pela Fé. É absolutamente necessária uma evangelização que não se canse de apresentar o verdadeiro rosto de Deus, o Pai que em Jesus Cristo chama a cada um de nós, e o sentido genuíno da própria liberdade humana, qual princípio e força  dom responsável de si mesmo. Só dessa maneira serão colocadas as bases indispensáveis para que cada vocação, incluindo a sacerdotal, possa ser na verdade amada na sua beleza e vivida com dedicação total e alegria profunda.
Diante de tudo isso, gostaria de descrever o perfil da vocação Bíblica para ajudar ainda mais a nossa reflexão:
1) Toda vocação bíblica tem por objeto uma missão determinada.
2) Se Deus chama alguém é para enviá-lo, os chamados de Deus são os enviados de Deus.
3) Deus chama a pessoa que Ele escolhe e destina para uma obra particular no seu plano de salvação e no destino de seu povo.
4) Na origem de toda a vocação se encontra uma eleição divina, no término de toda vocação se encontra uma vontade divina de cumprir.
5) Toda vocação é um chamado pessoal dirigido à profundidade da consciência do homem, capaz de transtornar por completo sua existência, não apenas nas atividades externas mas inclusive em seu coração, até fazer dela um homem diferente.
6) Deus chama pelo nome: tomada de posição, às vezes por um nome novo; mudança de vida.
7) Deus espera sempre uma resposta livre e uma adesão consciente de Fé e de obediência.
8) A resposta do homem a Deus é por vezes instantânea, mas às vezes é tardia e duvidosa; ela arranca o homem do seu ambiente familiar e civil, fazendo dele um estranho entre os demais.
9) Deus muitas vezes dirige seu chamado ao homem através de acontecimentos e instrumentos humanos encarregados e inspirados por Ele.
10) No Antigo Testamento a vocação está sempre em função da comunidade; Deus chama para uma missão específica dentro de seu povo.
11) No Novo Testamento a mensagem evangélica é um convite a seguir Jesus
Cristo, é um chamado pessoal dirigido a cada um, e se refere a cada um.
12) A vocação é um meio pelo qual Jesus Cristo reúne ao seu redor os doze apóstolos.
13) A pregação de Jesus Cristo leva consigo sempre uma vocação, um convite a
seguir o seu caminho numa vida nova, cujo segredo Ele conhece.
14) O chamado é pessoal, deixando margem de seguir Jesus Cristo ou ficando surdos à sua voz.
15) A vocação, seja qual for a maneira de manifestar-se, nasce do Espírito Santo, numa diversidade de dons, de ministérios, de carismas, num só corpo que é a Igreja, comunidade dos chamados, enquanto ela mesma é chamada e eleita.
PERGUNTAS PARA REFLEXÃO:
1. Procure aprofundar, dentro do tema proposto, as citações bíblicas encontradas.
2. Dentro do perfil da vocação bíblica, analisar as vocações de:
Abraão (Gn 12,1-10)
Moisés (Ex 3,1-12)
Isaías (Is 6,1-13)
Jeremias (Jr 1,1-10)
Chamados de Jesus Cristo:
Mc 3,13
Mt 10,1
Mc 1,16-21
Mc 2,17
Lc 5,29-32
Mt 22,3-4
Lc 14,16-17
Jo 1,35-39