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By Ferramentas Blog

sábado, 25 de dezembro de 2010

E Para Nós, Onde Jesus Nasceu?


Perguntemos a Maria de Magdala, onde e quando nasceu Jesus. E ela nos responderá:
- Jesus nasceu em Betânia. Foi certa vez, que a sua voz, tão cheia de pureza e santidade, despertou em mim a sensação de uma vida nova com a qual até então jamais sonhara.
Perguntemos a Francisco de Assis o que ele sabe sobre o nascimento de Jesus. Ele nos responderá:
- Ele nasceu no dia em que, na praça de Assis entreguei minha bolsa, minhas roupas e até meu nome para segui-lo incondicionalmente, pois sabia que somente ele é a fonte inesgotável de amor.
Perguntemos a Pedro quando deu o nascimento de Jesus, Ele nos responderá:
- Jesus nasceu no pátio do palácio de Caifas, na noite em que o galo cantou pela terceira vez, no momento em que eu o havia negado. Foi nesse instante que acordou minha consciência para a verdadeira vida.
Perguntemos a Paulo de Tarso, quando se deu o nascimento de Jesus. Ele nos responderá:
- Jesus nasceu na Estrada de Damasco quando, envolvido por intensa luz que me deixou cego, pude ver a figura nobre e serena que me perguntava: Saulo, Saulo porque me persegue? E na cegueira passei a enxergar um mundo novo quando eu lhe disse:
- Senhor, o que queres que eu faça?!
Perguntemos a Joana de Cusa onde e quando nasceu Jesus. E ela nos responderá:
- Jesus nasceu no dia em que, amarrada ao poste do circo em Roma, eu ouvi o povo gritar:
- Negue! Negue!
E o soldado com a tocha acesa dizendo:
- Este teu Cristo ensinou-lhe apenas a morrer?
Foi neste instante que, sentindo o fogo subir pelo meu corpo, pude com toda certeza e sinceridade dizer:
- Não me ensinou só isso, Jesus ensinou-me também a amá-lo.
Perguntemos a Tomé onde e quando nasceu Jesus. Ele nos responderá:
- Jesus nasceu naquele dia inesquecível em que ele me pediu para tocar as suas chagas e me foi dado testemunhar que a morte não tinha poder sobre o filho de Deus. Só então compreendi o sentido de suas palavras:
- Eu sou o caminho, a verdade e a vida.
Perguntemos à mulher da Samaria o que ela sabe sobre o nascimento de Jesus. E ela nos responderá:
- Jesus nasceu junto à fonte de Jacob na tarde em que me pediu de beber e me disse:
- Mulher eu posso te dar a água viva que sacia toda a sede, pois vem do amor de Deus e santifica as criaturas.
Naquela tarde soube que Jesus era realmente um profeta de Deus e lhe pedi: - Senhor, dá-me desta água.
Perguntemos a João Batista quando se deu o nascimento de Jesus. Ele nos responderá:
- Jesus nasceu no instante em que, chegando ao rio Jordão, pediu-me que o batizasse.
E ante a meiguice do seu olhar e a majestade da sua figura pude ouvir a mensagem do Alto:
- "Este é o meu Filho Amado, no qual pus a minha complacência!
- Compreendi que chegara o momento de ele crescer e eu diminuir, para a glória de Deus.
Perguntemos a Lázaro onde e quando nasceu Jesus? Ele nos responderá:
- Jesus nasceu em Betânia, na tarde em que visitou o meu túmulo e disse: - Lázaro! Levanta.
Neste momento compreendi finalmente quem Ele era... A Ressurreição e a Vida!
Perguntemos a Judas Iscariotes quando se deu o nascimento de Jesus. Ele nos responderá:
- Jesus nasceu no instante em que eu assistia ao seu julgamento e a sua condenação.
Compreendi que Jesus estava acima de todos os tesouros terrenos.
Perguntemos, finalmente, a Maria de Nazaré onde e quando nasceu Jesus. E ela nos responderá:
-Jesus nasceu em Belém, sob as estrelas, que eram focos de luzes guiando os pastores e suas ovelhas ao berço de palha. Foi quando o segurei em meus braços pela primeira vez e senti se cumprir a promessa de um novo tempo através daquele Menino que Deus enviara ao mundo, para ensinar aos homens a lei maior do amor.
Agora pensemos um pouquinho:
E para nós, quando Jesus nasceu?
Pensemos mais um pouquinho:
e se descobrirmos que ele não nasceu?
Então, procuremos urgentemente fazer com que ele nasça um dia destes, porque, quando isso acontecer, teremos finalmente entendido o Natal e verdadeiramente encontrado a luz.
Que Jesus nasça em nossos corações e que seja sempre Natal em nossas vidas, para que nunca nos falte a Esperança e a Alegria Cristã.
FELIZ ANO NOVO!!!!!!
É Jesus que vem de novo, falar ao coração do povo!

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Mensagem de Natal






É Natal,
É a festa da cristandade,
Do amor, do estender a mão
E repartir um pedaço do bolo
Do aniversariante.
Este bolo ao ser cortado,
Transforma-se em chafariz
E jorra amor, fraternidade, caridade
Jorra a misericórdia,
Tal qual jorrou dos lábios de Jesus
Pedindo ao pai misericórdia
Por seus inimigos.
Por isso é tempo de reflexão
É tempo de dar o presente do bem,
O presente da solidariedade.
Uma palavra de carinho, é um bom presente.
Lembrar do amigo, do inimigo, do moço, do velho...
Pedir PAZ, para o irmão,
É jorrar o amor de CRISTO
Em seu coração.
FELIZ NATAL!
VENTUROSO ANO NOVO!





sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

O SILÊNCIO DE MARIA

Gostaríamos que os Evangelistas tivessem narrado mais acontecimentos e palavras de Santa Maria. O amor faz nos desejar mais notícias da nossa Mãe do Céu. No entanto, Deus cuidou de no las dar a conhecer, na medida em que nos era necessário, tanto durante a vida de Nossa Senhora aqui na terra como agora, depois de vinte séculos, através do Magistério da Igreja, que, com a assistência do Espírito Santo, desenvolve e explicita os dados revelados. Pouco tempo depois da Anunciação, ainda que a Virgem não tivesse comunicado nada a Santa Isabel, esta penetrou no mistério da sua prima por revelação divina. O mesmo se passou com José, que não foi informado por Maria, mas por um anjo em sonhos, sobre a grandeza da missão daquela que já era sua esposa. No nascimento do Messias, Maria continuou a guardar silêncio, e os pastores foram informados pelos anjos do maior acontecimento da humanidade. Maria e José também nada disseram a Simeão e Ana quando, como um jovem casal entre muitos, foram a Jerusalém para apresentar o Menino no Templo. E, primeiro no Egito e depois em Nazaré, Maria não falou a ninguém do mistério divino que envolvia a sua vida. Nada comentou com os seus parentes e vizinhos. Limitou se a conservar todas estas coisas, ponderando as no seu coração.“A Virgem não procurava, como tu e como eu, a glória que os homens dão uns aos outros. Bastava lhe saber que Deus sabe tudo. Quando quer, os céus publicam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos (Sl 18, 1 2). Dos ventos fazes os teus mensageiros, e do fogo ardente os teus ministros (Sl 104, 4)”. “É tão formosa a Mãe no perene recolhimento com que o Evangelho no la mostra!... Conservava todas estas coisas, ponderando as no seu coração! Esse silêncio pleno tem o seu encanto para a pessoa que ama”. Na intimidade da sua alma, Nossa Senhora foi penetrando cada vez mais no mistério que lhe tinha sido revelado.Mestra de oração, ensinou nos a descobrir Deus – tão perto das nossas vidas! – no silêncio e na paz dos nossos corações, pois “só quem pondera com espírito cristão as coisas no seu coração pode descobrir a imensa riqueza do mundo interior, do mundo da graça, desse tesouro escondido que está dentro de nós. Foi este ponderar as coisas no coração que fez com que a Virgem Maria fosse crescendo, com o decorrer do tempo, na compreensão do mistério, na santidade e na união com Deus”.O Senhor também nos pede esse recolhimento interior em que guardamos tantos encontros com Ele, preservando os dos olhares indiscretos ou vazios para tratar deles a sós “com quem sabemos que nos ama”. A ANUNCIAÇÃO representa o momento culminante da fé de Maria à espera de Cristo, mas é além disso o ponto de partida do qual arranca todo o seu caminho para Deus, todo o seu caminho de fé”. Esta fé foi crescendo de plenitude em plenitude, pois Nossa Senhora não compreendeu tudo ao mesmo tempo nas suas múltiplas manifestações. Com o correr dos dias, talvez sorrisse ao recordar a perplexidade que a levara a perguntar ao Anjo como poderia conceber se não conhecia varão, ou ao interrogar Jesus sobre o motivo por que se separara de seus pais para passar três dias no Templo sem os avisar... Podia agora admirar se de não ter entendido o que já então se lhe manifestava. O recolhimento de Maria – em que Ela penetra nos mistérios divinos acerca do seu Filho – é paralelo ao da sua discrição. “Para que as coisas possam guardar se no interior e ser ponderadas no coração, é condição indispensável guardar silêncio. O silêncio é o clima que torna possível o pensamento profundo. Quem fala demasiado dissipa o coração e leva o a perder tudo o que há de valioso no seu interior; assemelha se então a um frasco de essência que, por estar destapado, perde o perfume, ficando apenas com água e um ligeiro aroma a recordar vagamente o precioso conteúdo de outrora”.A Virgem também guardou um discreto silêncio durante os três anos da vida pública de Jesus. A partida do seu Filho, o entusiasmo da multidão, os milagres, não mudaram a sua atitude. Apenas o seu coração experimentou a ausência de Jesus. Mesmo quando os Evangelistas falam das mulheres que acompanhavam o Mestre e o serviam com os seus bens, nada dizem de Maria, que certamente permaneceu em Nazaré.

sábado, 20 de novembro de 2010

QUAL É O SEU CAMINHO?



Um dia um bezerro precisou atravessar uma floresta virgem para voltar ao seu pasto. Sendo animal irracional ele abriu uma tortuosa trilha cheia de curva, subindo e descendo colinas.
No dia seguinte outro animal que passava por ali usou a mesma trilha torta para atravessar a floresta. Depois foi a vez do carneiro, líder de um rebanho, que fez seus companheiros seguirem pela trilha torta.
Mais tarde os homens começaram a usar este caminho, entravam e saiam, viravam a direita, a esquerda reclamando, até com um pouco de razão, mas não faziam nada para mudar a trilha.
Depois de tanto uso a trilha acabou virando estradinha, onde os pobres animais se cansavam sob cargas pesadas, sendo obrigados a percorrer em três horas a distância que poderia ser vencida em no máximo uma hora.
Muitos anos se passaram e a estradinha tornou-se a rua principal de um vilarejo. Posteriormente a avenida principal da cidade e logo transformou-se no centro de uma grande metrópole, e por ela passaram a transitar diariamente milhares e milhares de pessoas seguindo a mesma trilha torta feita pelo bezerro centenas de anos antes.
Os homens têm a tendência de seguir como cegos por trilhas feitas por outros, muitas vezes inexperientes e se esforçam a repetir o que os outros já fizeram.
Vamos mudar de caminho?



sábado, 13 de novembro de 2010

MENINA SALVA IRMÃOZINHOS

Rona, de 8 anos, estava sozinha em casa com seus cinco irmãos e ressonava. Os pais com dois filhos mais velhos, tinham ido à feira.
A luz da lamparina alumiava fracamente a escuridão do quarto, todo de madeira e coberto com palha. Súbito o gato buliçoso esbarrou na lamparina. Ela tombou em cima da cama de Rona e começou a queimar a roupa e o cabelo da menina. Ela acordou e logo se deu conta da tragédia.
Não perdeu tempo. Apagou, como podia, o fogo que lhe chamuscava o corpo. Poderia pular para fora e pôr-se a salvo, pois sua cama ficava perto da porta.Mas não! Viu seus irmãozinhos que começaram a se mexer.
Pegou um por um e os levou para fora, carregando-os ou arrastando-os. A mais velha, de nove anos, foi jogada pela janela, pois era muito pesada para Rona.
O fogo começou a se alastrar pela casa. Completado o resgate dos irmãozinhos, Rona pensou em apagar o fogo. Encheu várias vezes o balde num riacho próximo. Por fim seu corpinho não resistiu mais, e ela tombou de bruços sobre os escombros carbonizados.
Quando a mãe chegou, quanta desolação! Encontrou as crianças, mas faltava uma. Onde estaria Rona? Estava debaixo de um monte de escombros... inerte. Pegou-a nos braços, dizendo: “Meu Deus, entrego-te minha filha”.
O pai chegou bem mais tarde. Profundamente chocado, achou que só havia uma solução: Cavar uma sepultura para ela.
A mãe, porém, não perdeu a esperança. Com muita dificuldade, levou-a para o médico. No caminho, a menina acordou. Respirava. Graças ao bom Deus, nem tudo estava perdido. A mãe apressou o passo. Chegando à clínica, foi logo atendida. “É inexplicável como ela agüentou tanto tempo”, disse a médica. A menina estava toda desfigurada pelas queimaduras.
Graças à ajuda de muitos, ela se tratou e se recuperou. Boa parte da cura se deve à sua coragem. Quando interrogada como teve tanta força para fazer o que fez, respondeu com simplicidade:
Eu agi dessa forma porque eles são meus irmãos. Eu os adoro.
(publicado na Revista Seleções, março de 1997)
Palavra de vida: Saudações a Prisca e a Áquila, meus colaboradores em Cristo Jesus; para me salvar a vida, arriscaram a sua...(Rm 16,3)





terça-feira, 26 de outubro de 2010

QUANDO DEUS FALA



- O’ Deus, fale comigo – pediu um homem.
O sabiá começou a cantar, mas o homem não escutou.
- Meu Deus, fale comigo!
O trovão reboou no espaço, mas o homem não prestou atenção.
O homem olhou ao seu redor e pediu: Meu Deus, eu o quero ver!
Uma estrela brilhou no céu. Mas o homem não a viu.
O homem começou a gritar: Meus Deus, mostre-me um milagre!
Nasceu uma criança. Mas o homem não ouviu o palpitar da vida.
Então o homem começou a chorar e a se desesperar: Meu Deus, toque em mim para eu perceber que o Senhor está comigo!
Uma borboleta pousou suavemente no seu ombro. O homem espantou-a e continuou triste o seu caminho.
Lição para a vida: Até quando conservaremos fechados nossos olhos diante dos milagres que presenciamos todos os dias?

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

NOSSO VALIOSO TESOURO

Durante uma noite escura um homem caminhava desolado pela praia e pensava assim:
Ah! Se eu tivesse uma casa bem grande eu seria feliz.
Ah! Se eu tivesse um excelente trabalho eu seria feliz
Ah! Se eu tivesse uma companheira bonita eu seria feliz
Neste momento tropeçou numa sacolinha cheia de pedras e passou a joga-las, uma a uma, no mar a cada vez que dizia com raiva:
Ah! Seria feliz se eu tivesse um lindo carro
Ah! Seria feliz com uma bela lancha
Ah! Eu seria feliz se pudesse fazer longas viagens
Prosseguiu até que a sacolinha ficou com uma só pedrinha e esta ele acabou guardando.
Ao chegar em casa ele percebeu que aquela pedra era um diamante muito valioso. Pensando nos outros que havia jogado fora voltou desesperado até a praia e ficou a noite inteira tentando recuperar o tesouro perdido, mas não conseguiu achar nenhum dos que atirou no mar.
Restou a ele apenas uma pequena parte de tudo que sempre sonhou.
Quantos de nós vivemos jogando fora nossos preciosos tesouros por sonharmos com aquilo que é perfeito sem dar valor ao que temos perto de nossas mãos.
A felicidade está muito próxima de cada um, se déssemos valor a cada pedrinha que conquistamos na caminhada da vida, quantas coisas maravilhosas já teríamos!


sábado, 9 de outubro de 2010

28º Domingo Comum

Graça é um benefício de Deus em nosso favor. Tudo o que o senhor realiza em nossa vida é graça, é um presente sem preço. Com Deus não há trocas, não há comércio, não há méritos. Deus nos ama por pura gratuidade. Ama porque é puro amor.
Na primeira leitura, Naamã, considerava que era possível comprar a graça de Deus. Ele tinha dinheiro, tinha poder, no entanto, era leproso. Quando descobriu que a cura se encontrava em Israel, levou dez talentos de prata, seis mil siclos de ouro e dez vestes de festa para o rei de Israel. Foi curado por Deus por intermédio do profeta, contudo de nada serviu o seu dinheiro. Eliseu fez questão de mostrar que é por graça de Deus que ele recebeu a cura, não aceitando nada em troca e lhe trazendo a cura mesmo sendo Naamã um estrangeiro. A prepotência não pode nos obter a cura. Às vezes achamos que podemos negociar com Deus, que as coisas devem acontecer da maneira que planejamos. Esquecemos de reconhecer que Deus é puro dom.
Não basta ficar feliz pelo bem recebido, é preciso se voltar para o doador da graça. O doador da graça é mais importante do que a graça recebida. Reconhecer que há um Deus que se importa conosco, que nos presenteia, que nos dá vida nova e que cura a nossa lepra é mais importante que a própria cura. No Evangelho, os nove leprosos do Evangelho não perceberam esta dinâmica divina. Foram embora após cura, apenas um voltou agradecido. Os dez foram curados da lepra, porém apenas um foi salvo, pois apenas aquele samaritano se abriu à presença benevolente do Senhor.
Os leprosos eram judeus e, por isso, consideravam que tiveram a cura por direito. Preocupavam-se mais com as obrigações legais do que com o Senhor das graças. Jesus os manda ir aos sacerdotes, pois eles acreditavam em tais fiscalizações de pureza. Enquanto os nove se preocuparam apenas com a prescrição legal sobre a lepra, foi um samaritano, considerado indigno, que voltou para agradecer. Isso nos ensina que ninguém é dono da graça divina. Jesus veio para todos. Hoje não podemos fazer grupos de salvos e indignos, grupos de santos e pecadores, grupos dos que pertencem ou não pertencem. Nossos critérios humanos miram as aparências, enquanto Deus vê o coração de cada ser humano. É sempre recomendável um exame sincero de coração, pois entre nós, muitos católicos de comunhão dominical podem estar leprosos, enquanto muitos ditos pecadores, que não freqüentam nossas celebrações, podem estar hoje com o coração agradecido pelas bênçãos que o Senhor derrama em suas vidas por sua misericórdia.
Gratidão é mais do que um sentimento ou uma prece. Gratidão é um estilo de vida. Devemos viver na gratidão, viver na graça. Devemos viver sabendo que tudo o que recebemos vem de Deus, que Ele é graça em nossa história. Olhar para a história, para o presente e para o passado, percebendo as maravilhas que Deus realiza em nós. Agradecer pelas coisas boas: pela família, pela saúde, pelo pão, pelos amigos... Quem vive a vida na gratidão, sabe também agradecer pelas coisas ruins. Todos sofremos, mas podemos sofrer de modo diferente: podemos encontrar no sofrimento alguma lição, podemos crescer na humildade e na compreensão de que a vida nos escapa, de que não somos donos dela, pois só Deus é o dono da vida. Somos inclinados a lamentar e a cair na revolta. São Paulo (2ª. Leitura) soube viver isso na prisão: não se queixou, mas abraçou a cruz de Cristo, afirmando que “se com Ele morreremos, com Ele viveremos”. A graça de Deus supera a nossa própria infidelidade.
“Gratidão, em seu sentido mais profundo, significa viver a vida como um presente para ser recebido com agradecimentos. E a gratidão verdadeira abarca tudo na vida: o bom e o ruim, a alegria e a dor, o santo e o não tão santo” (H. Nouwen).

Fonte: Pe.Roberto Nentwig






terça-feira, 5 de outubro de 2010

São Benedito


São Benedito morreu aos 65 anos, no dia 4 de abril de 1589, em Palermo, na Itália. Reverenciado e amado no Brasil inteiro, é um dos santos mais populares do País, principalmente entre a população de origem africana, que o associa aos padecimentos do negro brasileiro. Na porta de sua cela, no Convento de Santa Maria de Jesus em Palermo se encontra uma placa com a inscrição em italiano indicando que era a Cela de São Benedito e embaixo as datas 1524-1589, para indicar as datas do nascimento e de sua morte. Auguns autores indicam 1526 como o ano de seu nascimento, mas os Frades do Convento de Santa Maria de Jesus consideram que a data certa é 1524. O processo de sua canonização relata muitas curas por ele operadas.
O seu culto difundiu-se em toda a Sicília, Itália, Espanha, no resto da Europa e também na América do Sul, onde se tornou o protetor das populações negras. O Senado de Palermo (capital da Sicília) o escolheu como patrono da cidade em 1713. O papa Benedito XIV o beatificou em 1743, e Pio VII o canonizou aos 24 de maio de 1807. A festa litúrgica é celebrada no dia 4 de abril.*
Na verdade, constatamos que não há uma única data para a celebração da festa de São Benedito. Em cada país, e às vezes em cada região há uma data diferente. O calendário liturgico da igreja católica reserva o dia 5 de outubro para a festa de São Benedito.
Oração de São Benedito
Deus bom e misericordioso, nós te agradecemos pelo testemunho evangélico de São Benedito. Nós te pedimos que nos sustentes a seguir seu exemplo e nos ajudes nas dificuldades da vida.
Concede-nos a graça de continuar sua missão na família, na Igreja e na sociedade, imitando-o no serviço generoso e humilde aos pobres, no diálogo e na valorização de todas as pessoas sem distinção. Ao iniciarmos um novo milênio vem revovar, nossa fé, fortalecer nossa esperança e dispor os nossos corações à caridade, para que o mundo te conheça e creia em teu amor. Amém
* Faça um pedido e reze 1 Pai Nosso - 1 Ave Maria e 3 Glória ao Pai.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Buscai as coisas do Alto

Buscai as coisas do Alto
"O futuro é o tempo que será construído por nós.
O passado não volta e o presente, muitas vezes, é imutável.
Mas se não tivemos a oportunidade de escolher nosso passado, podemos escolher e planejar nosso futuro. Com isso, vamos nos afeiçoando às coisas lá de cima.
Buscar as coisas do alto é caminhar para uma meta que sabemos que podemos atingir.
Deus está do nosso lado. Temos o Espírito Santo que nos inspira e impulsiona para as coisas de Deus.
O Espírito conhece as coisas do alto, e assim nos ensina a buscá-las, amá-las e a gestá-las no coração.
E para buscar as coisas do alto, é necessário de domínio. O primeiro domínio que devemos exercitar é o domínio sobre nós mesmos, sobre nossos desejos
Acolhendo aquilo que está de acordo com as coisas do alto e rejeitando tudo aquilo que nos atrapalha na caminhada.
Não somos eternos, mas tudo o que plantamos nos será apresentado pelo Senhor.
Essa certeza deve tornar-se também um parâmetro para que possamos julgar nossas ações, palavras e pensamentos.
Se não sou eterno, o que tornarei eterno com minha vida? É preciso deixar marcas de eterno por onde passamos e com quem convivemos.
Buscar as coisas do alto é saber que essa meta é possível de ser alcançada.
Não é fácil. Fácil é ir para o inferno, já que não exige esforço nenhum.
As coisas de Deus são sempre difíceis, porque nos apegamos demais às coisas aqui da terra.
Aliás, a dor maior que sentimos em nossas perdas é exatamente a dor do apego. Achamos que tudo é nosso e vivemos a ilusão de que tudo depende da gente.
A quaresma é tempo oportuno para nos libertarmos de nós mesmos e nos prendermos em Deus.
Se o alto é a sua meta, não tenha medo, viva este tempo, em Cristo você vai conseguir! "(Pe.Léo )



quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Algumas Maneiras De Fazer Alguém Feliz!!!

Algumas maneiras de fazer alguém feliz!!!

Dê um beijo.
Um abraço.
Um passo em sua direção.
Aproxime-se sem cerimônia.
Dê um pouco de calor, do seu sentimento.
Sente-se perto e fique por algum tempo.
Não conte o tempo de se doar.
Liberte um imenso sorriso.
Rasgue o preconceito.
Olhe nos olhos.
Aponte um defeito, com jeito.
Respeite uma lágrima.
Ouça uma história ou muitas, com atenção.
Escreva uma carta e mande.
Irradie simplicidade, simpatia, e a energia de Deus.
Num toque de três dedos, observe as "coincidências".
Não espere ser solicitado, preste um favor.
Lembre-se de um caso.
Converse sério ou fiado.
Conte uma piada.
Ache graça.
Ajude a resolver um problema.
Pergunte: Por quê? Como vai?
Como tem passado?
Que tem feito de bom?
Que há de novo? E preste atenção.
Sugira um passeio, um bom livro, um bom filme.
Diga de vez em quando, desculpe, muito obrigado,
Não tem importncia, que há de se fazer, dá-se um jeito.
Tente de alguma maneira ...
E não se espante se a pessoa mais feliz for você!!!
Evangelize!!!!!



quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Esvaziando Os Armários De Nossa Vida!

Todos os anos, há um momento em que olhamos nossos armários com um olhar crítico.
Olhamos aquelas roupas que não usamos há tanto tempo.
Aquelas que tiramos do cabide de vez em quando, vestimos, olhamos no espelho, confirmamos mais uma vez que não gostamos e guardamos de volta no armário.
Aquele sapato que machuca os pés, mas insistimos em mantê-lo guardado.
Há ainda aquele terno caro, mas que o paletó não cai bem, ou o vestido "espetacular" ganho de presente de alguém que amamos, mas que não combina conosco e nunca usamos.
Às vezes tiramos alguma coisa e damos para alguém, mas a maior parte fica lá, guardada sabe-se lá porquê.
Um dia alguém me disse: tudo o que não lhe serve mais e você mantém guardado, só lhe traz energias negativas. Livre-se de tudo o que não usa e verá como lhe fará bem.
Acontece que nosso guarda-roupa não é o único lugar da vida onde guardamos coisas que não nos servem mais.
Você tem um guarda-roupa desses no interior da ment
De uma olhada séria no que anda guardando lá. Experimente esvaziar e fazer uma limpeza naquilo que não lhe serve mais. Jogue fora idéias, crenças, maneiras de viver ou experiências que não lhe acrescentam nada e lhe roubam energia.
Faça uma limpeza nas amizades, aqueles amigos cujos interesses não têm mais nada a ver com os seus.
Aproveite e tire de seu "armário" aquelas pessoas negativas, tóxicas, sem entusiasmo, que tentam lhe arrastar para o fundo dos seus próprios poços de tristezas, ressentimentos, mágoas e sofrimento.
A insegurança dessas pessoas faz com que busquem outras para lhes fazer companhia, e lá vai você junto com elas.
Junte-se a pessoas entusiasmadas que o apóiem em seus sonhos e projetos pessoais e profissionais.
Não espere um momento certo, ou mesmo o final do ano, para fazer essa "faxina interior".
Comece agora e experimente aquele sentimento gostoso de liberdade.
Liberdade de não ter de guardar o que não lhe serve.
Liberdade de experimentar o desapego.
Liberdade de saber que mudou, mudou para melhor,
E que só usa as coisas que verdadeiramente lhe servem e fazem bem.
(Autor desconhecido)

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

21 de Setembro Dia Da Paz

TODOS PELA PAZ NO MUNDO
Em 1981, a Assembléia Geral da ONU declarou que o dia da abertura de seu período ordinário de sessões, em setembro, seria "proclamado e observado oficialmente como Dia Internacional da Paz, e dedicado a comemorar e fortalecer os ideais de paz em cada nação e cada povo e entre eles" (resolução 36/67).
No dia 7 de setembro de 2001, a Assembléia Geral decidiu que, a partir de 2002, o Dia Internacional da Paz será observado cada 21 de setembro, data em que todos os povos assinalarão para a celebração e observância da paz (resolução 55/282).
Declarou que "o Dia Internacional da Paz será observado como dia de cessar fogo e da não-violência em âmbito mundial, a fim de que todas as nações e povos sintam-se motivados a cumprir um cessar das hostilidades durante todo esse dia".
A paz não é apenas um cessar fogo, mas construir uma cultura de paz contra uma cultura de violência, criando territórios de paz.
O Colégio Santa Cruz motiva todos a unir-se à rede internacional de oração pela paz e justiça, fazendo, cada um na sua realidade, um momento de oração.

Ir. Maria López Otero.
Carmelita da Caridade de Vedruna

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Estrela Verde

A fábula da estrela verde

Havia milhares de estrelas no céu. Estrelas de todas as cores : brancas, prateadas, verdes, douradas, vermelhas e azuis.
Um dia, elas procuraram Deus e lhe disseram :
Senhor, gostaríamos de viver na Terra entre os homens.
Assim será feito, respondeu o Senhor. Conservarei todas vocês pequeninas como são vistas e podem descer para a Terra.
Conta-se que, naquela noite, houve uma linda chuva de estrelas.
Algumas se aninharam nas torres das igrejas, outras foram brincar de correr com os vaga-lumes nos campos; outras misturaram-se aos brinquedos das crianças e a Terra ficou maravilhosamente iluminada.
Porém, passando o tempo, as estrelas resolveram abandonar os homens e voltar para o céu, deixando a Terra escura e triste.
 Porque voltaram ? Perguntou Deus, a medida que elas chegavam ao céu.
 Senhor, não nos foi possível permanecer na Terra. Lá existe muita miséria e violência, muita maldade, muita injustiça...
E o Senhor lhes disse :
 Claro ! O lugar de vocês é aqui no céu. A Terra é o lugar do transitório, daquilo que passa, daquele que cai, daquele que erra, daquele que morre, nada é perfeito.
O céu é lugar da perfeição, do imutável, do eterno, onde nada perece.
Depois que chegaram todas as estrelas e conferindo o seu número, Deus falou de novo :
 Mas está faltando uma estrela. Perdeu-se no caminho ?
Um anjo que estava perto retrucou :
Não Senhor, uma estrela resolveu ficar entre os homens.
Ela descobriu que seu lugar é exatamente onde existe a imperfeição, onde há limite, onde as coisas não vão bem, onde há luta e dor.
Mas que estrela é essa ? - voltou Deus a perguntar.
É a Esperança, Senhor. A estrela verde. A única estrela dessa cor.
E quando olharam para a Terra, a estrela não estava só.
A Terra estava novamente iluminada porque havia uma estrela verde no coração de cada pessoa.
Deus já conhece o futuro, e a Esperança é própria da pessoa humana, própria daquele que erra, daquele que não é perfeito, daquele que não sabe como será o futuro.
Receba neste momento esta "estrelinha" em seu coração, sua estrela verde.
Não deixe que ela fuja e nem se apague.
Tenha certeza que ela iluminará o seu caminho... Seja sempre otimista!

domingo, 12 de setembro de 2010

Pai Misericordioso


Lucas, o evangelista da misericórdia, insiste em mostrar a gratuidade de Deus para com os pagãos e pecadores, fazendo a misericórdia triunfar sobre a justiça. Em Lc 15 Jesus conta três parábolas de misericórdia. Para quem Jesus as contou? É interessante observar que Jesus não contou parábolas de misericórdia para converter os pecadores, mas para aqueles que se consideravam justos. Enquanto as pessoas de má vida vinham até Jesus para escutá-lo, os doutores da religião da época o desprezavam. Jesus era questionado porque partilhava a refeição com pecadores: “recebe pessoas de má vida!” Os que se consideravam puros questionavam a atitude de Jesus. São estes os principais destinatários das parábolas de misericórdia.
Entre as parábolas, merece destaque a parábola do “filho pródigo”. Porém, seria mais oportuno chamá-la de parábola do Pai misericordioso, pois o Pai está no centro da meditação.
O filho mais novo é o símbolo do pecador, que não se contenta em estar na casa do Pai, pedindo a sua parte na herança. Mesmo a herança só podendo ser dividida com a morte do Pai, o mesmo a entrega para o seu filho que irá esbanjar todos os bens recebidos. Tinha ele o sonho de autonomia, de liberdade, de felicidade longe da casa do pai. Tudo isso não passava de ilusão. O pecado, portanto, é o mau uso da herança e da liberdade (falsa liberdade), é o afastamento da casa paterna. Da distância do Pai vêem as conseqüências: esbanjando tudo o que tinha, come as lavagens dos porcos e cai em si mesmo: “Quantos empregados do meu Pai têm pão com fartura? Vou voltar...” Reconhecer o pecado, ponto de partida: “... a mim, que antes blasfemava, perseguia e insultava. Mas encontrei misericórdia...” (nos diz São Paulo 1,13). Como São Paulo, o filho pródigo dá o passo fundamental: reconhece o seu pecado, reconhece as perdas de sua vida, é humilde para reconhecer, sente a falta da casa do Pai, propõe a si mesmo um retorno humilde, sem merecimentos: “vou voltar a casa do meu Pai!”
O Pai misericordioso reflete a atitude de Jesus, que come e bebe com os pecadores. O Pai fica esperando o seu filho. Talvez não acreditasse mais na sua vinda com tanta confiança, mas o espera, pois Deus nunca se esquece e sempre espera o retorno do seu filho. Quando o vê se adianta, movido de compaixão (expressão própria de Deus, usada na parábola do Bom Samaritano) se lança ao pescoço de seu filho. Não deixa o filho completar o discurso, pois as palavras não cabem em sua misericórdia. Apressa-se em trazer o novilho para a festa da comunhão, em devolver a dignidade com as sandálias, em evidenciar a filiação trazendo-lhe um anel ao dedo. Sobre os presentes do Pai, diz Santo Agostinho: “E o pai ordena que o vistam com a primeira veste, aquela que Adão perdera ao pecar. Tendo recebido o filho em paz, tendo-o beijado, ordena que lhe dêem uma veste: a esperança de imortalidade, conferida no batismo. Ordena que lhe dêem um anel, penhor do Espírito Santo; calçado para os pés, como preparação para o anúncio do Evangelho da paz, para que sejam formosos os pés dos que anunciam a boa nova”.
Vemos com clareza que Deus não está pronto para punir, mas para perdoar; não julga, mas espera o pecador em seu arrependimento. Alguns autores dizem que o Pai misericordioso da parábola seja mais uma mãe misericordiosa do que um pai bondoso, por sua atitude afetiva diante do filho.
A atitude do filho mais velho é a mais interessante para uma reflexão. Aqui encontra-se o ensinamento de Jesus aos seus interlocutores (fariseus e escribas). A imagem do filho mais velho ilustra bem a atitude do hipócrita, daquele que não se alegra pelo pecador que volta para casa: aquele que nunca fez festa com o pai, não compreende a festa do filho mais novo que reconheceu a grandeza da misericórdia de Deus. Também aqueles que nunca saem da Igreja devem estar atentos para não deixar de desfrutar da festa de Deus, da alegria de ser cristão, desprezando aqueles que experimentam o Deus de amor e bondade.
É interessante o questionamento deste filho rancoroso que se considera puro e perfeito: “Eu jamais desobedeci a qualquer ordem tua”. É o risco de um cristianismo de normas que só serve para trazer o alívio para a consciência. A atitude farisaica do cumprimento fiel é ainda muito freqüente. Basta um olhar rápido para as nossas comunidades e veremos muitos deste santos, tão preocupados com sua santidade que não tem energia para fazer o bem a comunidade e a sociedade. Santos que não deixam os pecadores se aproximar, que estão prontos para julgar, para apontar o dedo, para excluir. Numa comunidade farisaica não há espaço para os novos, para os jovens, para os convertidos, para novos agentes de pastoral. São estes os filhos que esbanjaram tudo, que não merecem a alegria da festa. Festa esta que nem sempre faz parte da alegria de quem se considera melhor do que os demais.
Jesus nos ensina a lição da gratuidade, da misericórdia, da superação dos julgamentos. Ensina a verdadeira imagem de Deus, ensina o caminho de todo aquele que se extravia para que retorne a casa paterna. Jesus nos ensina a sermos misericordiosos, pois seria muito triste experimentarmos a graça do amor e da alegria, a bondade acolhedora de Deus e, depois, tornarmo-nos duros e exigentes em relação aos irmãos.
Os pecadores acabaram o encontrando, enquanto os justos ainda estão o procurando. Os entendidos em religião não o acolheram, mas as prostitutas e ladrões foram tocados pelo seu amor. Encontremo-lo o quanto antes e façamos a festa do banquete da misericórdia.



terça-feira, 24 de agosto de 2010

Uma arvore que cai faz mais barulho que uma floresta que cresce".

CARTA DE UM SALESIANO
"Uma arvore que cai
faz mais barulho que uma floresta que cresce".
Segue carta do padre salesiano uruguaio Martín Lasarte, que trabalha em Angola, de 06 de abril e endereçada ao jornal norte-americano The New York Times. Nela expressa seus sentimentos diante da onda midiática despertada pelos abusos sexuais de alguns sacerdotes enquanto surpreende o desinteresse que o trabalho de milhares religiosos suscita nos meios de comunicação.
Eis a carta:
Querido irmão e irmã jornalista: sou um simples sacerdote católico. Sinto-me orgulhoso e feliz com a minha vocação. Há vinte anos vivo em Angola como missionário. Sinto grande dor pelo profundo mal que pessoas, que deveriam ser sinais do amor de Deus, sejam um punhal na vida de inocentes. Não há palavras que justifiquem estes atos. Não há dúvida de que a Igreja só pode estar do lado dos mais frágeis, dos mais indefesos. Portanto, todas as medidas que sejam tomadas para a proteção e prevenção da dignidade das crianças será sempre uma prioridade absoluta.
Vejo em muitos meios de informação, sobretudo em vosso jornal, a ampliação do tema de forma excitante, investigando detalhadamente a vida de algum sacerdote pedófilo. Assim aparece um de uma cidade dos Estados Unidos, da década de 70, outro na Austrália dos anos 80 e assim por diante, outros casos mais recentes...
Certamente, tudo condenável! Algumas matérias jornalísticas são ponderadas e equilibradas, outras exageradas, cheias de preconceitos e até ódio.
É curiosa a pouca notícia e desinteresse por milhares de sacerdotes que consomem a sua vida no serviço de milhões de crianças, de adolescentes e dos mais desfavorecidos pelos quatro cantos do mundo!
Penso que ao vosso meio de informação não interessa que eu precisei transportar, por caminhos minados, em 2002, muitas crianças desnutridas de Cangumbe a Lwena (Angola), pois nem o governo se dispunha a isso e as ONGs não estavam autorizadas; que tive que enterrar dezenas de pequenos mortos entre os deslocados de guerra e os que retornaram; que tenhamos salvo a vida de milhares de pessoas no Moxico com apenas um único posto médico em 90.000 km2, assim como com a distribuição de alimentos e sementes; que tenhamos dado a oportunidade de educação nestes 10 anos e escolas para mais de 110.000 crianças...
Não é do interesse que, com outros sacerdotes, tivemos que socorrer a crise humanitária de cerca de 15.000 pessoas nos aquartelamentos da guerrilha, depois de sua rendição, porque os alimentos do Governo e da ONU não estavam chegando ao seu destino.
Não é notícia que um sacerdote de 75 anos, o padre Roberto, percorra, à noite, a cidade de Luanda curando os meninos de rua, levando-os a uma casa de acolhida, para que se desintoxiquem da gasolina, que alfabetize centenas de presos; que outros sacerdotes, como o padre Stefano, tenham casas de passagem para os menores que sofrem maus tratos e até violências e que procuram um refúgio.
Tampouco que Frei Maiato com seus 80 anos, passe casa por casa confortando os doentes e desesperados.
Não é notícia que mais de 60.000 dos 400.000 sacerdotes e religiosos tenham deixado sua terra natal e sua família para servir os seus irmãos em um leprosário, em hospitais, campos de refugiados, orfanatos para crianças acusadas de feiticeiros ou órfãos de pais que morreram de Aids, em escolas para os mais pobres, em centros de formação profissional, em centros de atenção a soropositivos... ou, sobretudo, em paróquias e missões dando motivações às pessoas para viver e amar.
Não é notícia que meu amigo, o padre Marcos Aurelio, por salvar jovens durante a guerra de Angola, os tenha transportado de Kalulo a Dondo, e ao voltar à sua missão tenha sido metralhado no caminho; que o irmão Francisco, com cinco senhoras catequistas, tenham morrido em um acidente na estrada quando iam prestar ajuda nas áreas rurais mais recônditas; que dezenas de missionários em Angola tenham morrido de uma simples malária por falta de atendimento médico; que outros tenham saltado pelos ares por causa de uma mina, ao visitarem o seu pessoal. No cemitério de Kalulo estão os túmulos dos primeiros sacerdotes que chegaram à região... Nenhum passa dos 40 anos.
Não é notícia acompanhar a vida de um Sacerdote “normal” em seu dia a dia, em suas dificuldades e alegrias consumindo sem barulho a sua vida a favor da comunidade que serve. A verdade é que não procuramos ser notícia, mas simplesmente levar a Boa-Notícia, essa notícia que sem estardalhaço começou na noite da Páscoa. Uma árvore que cai faz mais barulho do que uma floresta que cresce.
Não pretendo fazer uma apologia da Igreja e dos sacerdotes. O sacerdote não é nem um herói nem um neurótico. É um homem simples, que com sua humanidade busca seguir Jesus e servir os seus irmãos. Há misérias, pobrezas e fragilidades como em cada ser humano; e também beleza e bondade como em cada criatura...
Insistir de forma obsessiva e perseguidora em um tema perdendo a visão de conjunto cria verdadeiramente caricaturas ofensivas do sacerdócio católico na qual me sinto ofendido.
Só lhe peço, amigo jornalista, que busque a Verdade, o Bem e a Beleza. Isso o fará nobre em sua profissão.
Em Cristo,
Pe. Martín Lasarte, SDB

sábado, 7 de agosto de 2010

FELIZ DIA DOS PAIS!

De um filho para seu pai
Quantos anos passamos juntos e apesar do tempo, não tive tempo de dizer tudo o que sinto.
Pai querido... que felicidade dizer a você neste dia que quero vê-lo sempre muito feliz.
Dizer que nas melhores lembranças de minha vida, sua imagem está presente.
Dizer-lhe que neste seu dia espero que as tristezas não se façam presente e qualquer dor ou angústias sejam afastadas de seu nobre coração.
Pai, acho que o maior presente que um filho deve oferecer é uma alma cheia de agradecimentos, uma alma cheia de amor e ternura.
Pai, peço todos os dias a Deus que te ilumine os caminhos e lhe alongue os dias de vida, com harmonia, paz e saúde.
Pai... Te Amo Muito!
Pai, de teu filho querido, desejo do fundo de meu coração, Feliz dia dos Pais!
Copie essa mensagem, envie para o papai, faça uma linda surpresa no dia dos pais.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Agosto Mês Dedicado As Vocações!

Por que dedicamos às vocações?
Porque vale a pena recordar o que celebramos no mês de agosto: no primeiro domingo destacamos o dia do padre, a motivação é a festa de S. João Maria Vianey, lembrada no dia 04 de agosto, padroeiro dos párocos. A vocação aqui recordada é a do padre diocesano. No segundo domingo celebramos o dia dos pais, recordamos, então, o chamado a gerar vida, a continuar com a obra criadora de Deus. Ser pai e ser mãe, constituir família, assumir um estado de vida na Igreja. Motivados pela festa da Assunção de Maria, modelo de todos aqueles que dizem sim, celebramos no terceiro domingo a vocação consagrada, feminina e masculina. No quarto domingo trazemos presente todos os ministérios leigos e, de modo especial, os catequistas. No ano em que o mês de agosto tem cinco domingos, no quarto celebramos os ministérios leigos e no quinto, o dia do catequista.
O mês vocacional foi instituído para dinamizar o trabalho pelas vocações. Precisamos, agora, dar um passo além: a conscientização vocacional deve acontecer a cada dia e em todos os meses do ano. As equipes vocacionais devem estar atentas para observar, no calendário litúrgico, as leituras com temática vocacional e todas as possibilidades que possam ser aproveitadas. Devemos implantar uma cultura vocacional, isto é, em todo processo evangelizador da Igreja, deve existir a preocupação com o compromisso dos cristãos na comunidade e na sociedade.
Em cada vocação assumida, somos chamados (as) a viver a santidade, a fidelidade onde Deus nos escolheu e nos enviou.
São João Maria Vianney
O Santo Cura d´Ars
Pouco dotado intelectualmente, atingiu esse santo vigário alto grau de santidade. Seu êxito foi tão grande, que atraiu multidões de todas as partes da França e de vários países europeus
( Plinio Maria Solimeo)


 O futuro Cura d’Ars nasceu na pequena localidade de Dardilly, perto de Lyon, na França, no dia 8 de maio de 1786, de família de agricultores piedosos. Foi consagrado a Nossa Senhora no próprio dia do nascimento, data em que foi também batizado.
Sua instrução foi precária, pois passou a infância em pleno Terror da Revolução Francesa, com os sacerdotes perseguidos e as escolas fechadas. João Maria tinha 13 anos quando recebeu a Primeira Comunhão das mãos de um sacerdote “refratário” (que não tinha jurado a ímpia Constituição do Clero), durante o segundo Terror, em 1799.(1)
Com a subida de Napoleão e a Concordata com a Santa Sé, foi possível a João Maria iniciar seus estudos eclesiásticos aos 20 anos, terminando-os aos 29, depois de mil e uma contrariedades.
É impossível, nos limites de um artigo, abranger toda a vida apostólica do Cura d’Ars. Por isso limitar-me-ei a abordar um aspecto dela, que foi como transformou a pequena localidade de Ars de modo a tornar-se ponto de admiração de toda a França.
Ars ao tempo da chegada do santo
Quando o jovem sacerdote chegou a Ars, esta era um pequeno aglomerado de casas, contando apenas 250 habitantes, quase todos agricultores. Como a maior parte das localidades rurais da França, sacudidas durante 10 anos pelos vendavais da Revolução Francesa, encontrava-se em plena decadência religiosa. Vivia-se um paganismo prático formado de negligência, indiferentismo e esquecimento das práticas religiosas.
A cidadezinha de Ars assemelhava-se às paróquias vizinhas, não sendo nem melhor nem pior que elas. Havia nela um certo fundo religioso, mas com muito pouca piedade.
Como transformá-la num modelo de vida católica, ambição de São João Batista Vianney?
Santificando-se para santificar os outros
Primeiro, pela oração e pelos sacrifícios do vigário por suas ovelhas. Já no dia de sua chegada, o Padre Vianney deu o colchão a um pobre e deitou-se sobre uns sarmentos junto à parede, com um pedaço de madeira como travesseiro. Como a parede e o chão eram úmidos, contraiu de imediato uma nevralgia, que durou 15 anos. Seu jejum era permanente, habitualmente passando três dias sem comer; e quando o fazia, alimentava-se somente de batatas cozidas no início da semana e já emboloradas. Mas ele sobretudo passava horas e horas ajoelhado diante do Santíssimo Sacramento, implorando a conversão de seus paroquianos.
Uma de suas primeiras medidas práticas foi reformar a igreja que, por respeito ao Santíssimo Sacramento, desejava que fosse a melhor possível.
“Esforcemo-nos para ir para o Céu”
Outra de suas solicitudes foi para com a juventude. Atraía todos para o catecismo. Exigia que este fosse aprendido de cor, palavra por palavra, e só admitia à Primeira Comunhão quem estivesse assim devidamente preparado. Instava com os meninos e adolescentes para que cada um levasse sempre consigo o Rosário, e tinha no bolso alguns extras para aqueles que houvessem perdido o seu.
Paulatinamente os esforços do santo foram sendo coroados de êxito, de maneira que os jovens de Ars chegaram a ser os mais bem instruídos da comarca.
Nas missas dominicais, pregava sobre os deveres de cada um para consigo, para com o próximo e para com Deus. Falava constantemente do inferno e do que precisamos fazer para evitá-lo: “Ó, meus queridos paroquianos, esforcemo-nos para ir para o Céu. Lá havemos de ver a Deus. Como seremos felizes! Que desgraça se algum de vós se perder eternamente!”
Ele exigia a devida compostura e atitude própria a bons católicos na igreja, por respeito à Presença Real de Nosso Senhor Jesus Cristo no Santíssimo Sacramento.
“Arruinados todos aqueles que abrirem tabernas”
A guerra que moveu contra as tabernas também foi bem sucedida. Aos que a elas iam, em vez de comparecer à missa no domingo, dizia: “Pobre gente, como sois infelizes. Segui vosso caminho rotineiro; segui-o, que o inferno vos espera”. Ameaçava-os de não só perderem os bens eternos, mas também os terrenos.
Aos poucos, por falta de fregueses, as tabernas foram se fechando. Outros tentaram abri-las, mas eram obrigados a cerrá-las. A maldição de um santo pesava sobre eles: “Vós vereis arruinados todos aqueles que aqui abrirem tabernas”, disse no púlpito. E assim foi. Quando elas se fecharam, o número de indigentes diminuiu, pois suprimiu-se a causa principal da miséria, que era moral.
Luta contra blasfêmias e trabalho aos domingos
“Blasfêmias e trabalhos nos domingos, bailes, cabarés, serões nas vivendas e conversas obscenas, englobava tudo numa comum maldição”. Por anos a fio pregou contra isso, exortando no confessionário, no púlpito e nas visitas que fazia às famílias. Dizia: “Se um pastor quiser se salvar, precisa, quando encontrar alguma desordem na paróquia, saber calcar aos pés o respeito humano, o temor de ser desprezado e o ódio dos paroquianos [e denunciar o mal]”.
A guerra do santo cura contra as blasfêmias, juramentos, imprecações e expressões grosseiras foi sem quartel; e tão bem sucedida, que desapareceram de Ars. Em vez delas passou-se a ouvir entre os camponeses expressões como Deus seja bendito! Como Deus é bom! Em vez das cançõezinhas chulas da época, hinos e cânticos religiosos.
A luta contra o trabalho nos domingos foi também tenaz e durou quase oito anos. “A primeira vez que do púlpito abordou o tema, fê-lo com tantas lágrimas, tais acentos de indignação, com tal comoção de todo o seu ser que, passado meio século, os velhos que o ouviram ainda se lembravam com emoção. [...] Vós trabalhais, dizia ele, mas o que ganhais é a ruína para a vossa alma e para o vosso corpo. Se perguntássemos aos que trabalham nos domingos 'que acabais de fazer?’, bem poderiam responder: ‘Acabamos de vender a nossa alma ao demônio e de crucificar Nosso Senhor. Estamos no caminho do inferno’”. Depois de muita insistência, em Ars o domingo tornou-se verdadeiramente o Dia do Senhor.
Combate aos bailes durante 25 anos
Ars era o lugar predileto dos jovens dançarinos das vizinhanças. Tudo era pretexto para um baile. Para acabar com eles, o Santo Cura d’Ars levou 25 anos de combate renhido.
Explicava que não basta evitar o pecado, mas deve-se fugir também das ocasiões. Por isso, abrangia no mesmo anátema o pecado e a ocasião de pecado. Atacava assim ao mesmo tempo a dança e a paixão impura por ela alimentada: “Não há um só mandamento da Lei de Deus que o baile não transgrida. [...] Meu Deus, poderão ter olhos tão cegos a ponto de crerem que não há mal na dança, quando ela é a corda com que o demônio arrasta mais almas para o inferno? O demônio rodeia um baile como um muro cerca um jardim. As pessoas que entram num salão de baile deixam na porta o seu Anjo da Guarda e o demônio o substitui, de sorte que há tantos demônios quantos são os que dançam”.
O Santo era inexorável não só com quem dançasse, mas também com os que fossem somente “assistir” ao baile, pois a sensualidade também entra pelos olhos. Negava-lhes também a absolvição, a menos que prometessem nunca mais fazê-lo. Ao reformar a igreja, erigiu um altar em honra de São João Batista, e em seu arco mandou esculpir a frase: Sua cabeça foi o preço de uma dança!... É de ressaltar-se que os bailes da época, em comparação com os de hoje, sobretudo do pula-pula frenético e imoral do carnaval e as novas danças modernas, eram como que inocentes. Mas era o começo que desfechou nos bailes atuais.
A vitória do Pe. Vianney neste campo foi total. Os bailes desapareceram de Ars. E não só os bailes, mas até alguns divertimentos inofensivos que ele julgava indignos de bons católicos.
Junto a eles combateu também as modas que julgava indecentes na época (e que, perto do quase nudismo atual, poderiam ser consideradas recatadas!). As moças, dizia, “com seus atrativos rebuscados e indecentes, logo darão a entender que são um instrumento de que se serve o inferno para perder as almas. Só no tribunal de Deus saber-se-á o número de pecados de que foram causa”. Na igreja jamais tolerou decotes ou braços nus.
Ars transformada pelo santo
Altar com o corpo do santo Cura d‘Ars
Um sacerdote santo torna piedosos seus paroquianos. Assim, apenas três anos e meio depois de sua chegada, o santo Cura já podia escrever: “Encontro-me numa paróquia de muito fervor religioso e que serve a Deus de todo o seu coração”. Em 1827 (seis anos depois), exclamava entusiasmado do púlpito: “Meus irmãos, Ars não é mais a mesma! Tenho confessado e pregado em missões e jubileus. Nada encontrei como aqui”.
É que, ao mesmo tempo em que reprimia os abusos, semeava também a boa semente. E ele aspirava, para seus paroquianos, ao ideal de perfeição do qual os cria capazes. Recomendava-lhes que rezassem antes e depois das refeições, recitassem o Ângelus três vezes ao dia onde quer que estivessem; e que, ao levantar e deitar, fizessem a oração da manhã e a da noite. Esta passou a ser feita também em comum na igreja ao toque do sino. Os que ficavam em casa ajoelhavam-se diante de algum quadro ou imagem religiosa, ali fazendo suas orações.
Com o tempo passou-se a dizer que em Ars o respeito humano fora invertido: tinha-se vergonha de não fazer o bem e de não praticar a Religião. O que é um auge de vitória da Igreja! Ars tornou-se também um centro de piedade e religiosidade.
Por isso, os peregrinos admiravam nas ruas da cidade a serenidade de certos semblantes, reflexo da paz perfeita de almas que vivem constantemente unidas a Deus.
Roguemos a Deus para que os nossos sacerdotes vivam na fidelidade na qual o Senhor os escolheu!

terça-feira, 3 de agosto de 2010

ORAÇÃO VOCACIONAL

Oração pelas Vocações

Senhor Jesus, unidos, queremos falar bem de perto ao vosso coração, neste momento.
Queremos ter vossa vida em nós e caminhar nos vossos caminhos.
Queremos ver vossa presença sempre continuada em nosso meio e na Igreja.
Queremos estar sempre assim perto de vosso coração e na vossa amizade.
E, para ter isso, queremos insistir agora para que, pela vossa graça, muitos jovens sejam chamados a viver na doação total a vós e no serviço ao Povo de Deus.
Que tenhamos sacerdotes, religiosos e ministros santos, para que sintamos vossa presença de amor, vossa paz e salvação.
Nós vos pedimos com muita confiança, pela intercessão da Virgem Maria, vossa e nossa Mãe Nossa Senhora do Seringueiro, a vós que viveis e reinais com o Pai, na unidade do Espírito Santo. Amém